A Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC), emitiu uma nota pública alertando sobre os iminentes riscos de contaminação da lavoura cacaueira pelo Vírus do Mosaico Moderado do Cacau (CaMMV – Cacao Mild Mosaic Vírus), já identificado e confirmado pela Ceplac.
Na nota, a ANPC, órgão representativo dos produtores de cacau do Brasil, ratifica o compromisso dos produtores com ações que visem ao fortalecimento da cacauicultora nacional, mantendo vigilância constante aos riscos de qualquer natureza que possam comprometer a atividade.
A Associação cobra das autoridades constituídas “providências que visem a evitar a introdução de novas pragas na nossa lavoura cacaueira brasileira”.
Ainda na nota, a ANPC manifesta “enorme preocupação acerca da constatação de existir no município de Ilhéus a enfermidade conhecida como Mosaico do que vem causando sérios danos econômicos à cultura do cacau na África Ocidental; local esse onde estão situados os principais países exportadores de amêndoas de cacau para Brasil, fato que nos tem motivado a cerrar fileiras na luta pela adoção de providencias que protejam nossa cultura”.
A ANPC alerta que trata-se de vírus que não consta na lista de pragas quarentenárias em território nacional, o que torna mais grave a preocupação dos produtores ante ao aumento de prováveis e futuros danos à cacauicultora nacional e que levaram a Ceplac a coletar e enviar para o exterior, material vegetativo para realização de testes que confirmaram a presença do vírus em território nacional, segundo foi veiculado pela TV Santa Cruz, no dia 25 de agosto último.
“Ante o risco iminente, a ANPC está oficiando ao MAPA pedido de urgente divulgação de Plano de Contingência para o controle da enfermidade, da identificação dos focos de contaminação e do potencial de danos, além da rastreabilidade da doença com a possível identificação da fonte primária de transmissão”, ressalta a nota.
A presidenta da ANPC, Vanuza Lima Barroso lembra que o Sul da Bahia já sofreu um enorme impacto socioeconômico com a vassoura-de-bruxa, convive com o risco da monilíase e não pode sofrer com a chegada desse virus que pode ser devastador. “O Ministério da Agricultura, através da Ceplac, não pode se omitir diante dessa grave ameaça e estamos mobilizados no sentido de cobrar providências para garantir que esse virus não se dissimine nas lavouras de cacau”, afirma.