
A Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC) fez um forte apelo ao plenário da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. Em audiência pública, a presidente da entidade, Vanuza Barroso, alertou para o avanço da Monilíase no Brasil e cobrou providências urgentes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para evitar uma nova tragédia na cacauicultura nacional.
Durante a audiência, a ANPC apresentou quatro reivindicações centrais ao MAPA:

1. Atualização do Plano Nacional de Combate à Monilíase, com reclassificação dos estados da Bahia e do Espírito Santo para nível de risco alto, considerando o movimento intenso no parque moageiro de Ilhéus (BA).
2. Revisão e a retirada da permissão contida na Instrução Normativa nº 112, que hoje permite comercializar amêndoas tipo I e II. Estudos recentes, mostram o risco de disseminação do fungo da Monilia nesses tipos de cacau.
3. Criação de um Protocolo Emergencial para garantir segurança no transporte de amêndoas para o parque moageiro situado em Ilhéus.
4. Implantação de uma unidade processadora na região Norte, com foco na produção de nibs, garantindo transporte mais seguro das amêndoas ao parque moageiro de Ilhéus e proteção econômica aos produtores locais.