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Série de reportagens da Rede Bahia aborda conflitos entre indígenas e produtores

Especial "Terras em Guerra", exibido no BATV, é assinado por Alexandre Lyrio, coordenador de projetos especiais da emissora

Os conflitos de terra entre indígenas e produtores rurais no sul e extremo sul da Bahia são tema da série de reportagens “Terras em Guerra”, que estão sendo exibidas nas emissoras da da Rede Bahia, no BA TV, que inclui a TV Santa Cruz.

Para produzir as reportagens, foram realizadas 31 entrevistas, que contaram com produção, reportagem e edição de textos do jornalista Alexandre Lyrio, coordenador de projetos especiais da TV Bahia. No total, foram oito horas de gravações e 1,5 quilômetros percorridos pela equipe da emissora nas duas regiões do estado.

Em entrevista ao g1, Lyrio destacou que além da dificuldade para se movimentar por regiões em conflito, foi um desafio traduzir a complexidade da situação nas reportagens. “São muitos lados, muitas narrativas, muitas visões diferentes sobre o mesmo assunto. A gente teve que trazer esse equilíbrio ouvindo mais de 30 pessoas”, apontou antes de detalhar o contexto.

“É um problema histórico, mas de 2022 para cá, os conflitos se intensificaram [e] mortes de indígenas aconteceram. A gente teve que fazer um planejamento grande e bem orientado com lideranças indígenas e associações de produtores rurais para saber por onde ir”.

A série, composta por cinco reportagens, abordar o movimento dos indígenas Pataxó e Pataxó Hãhãhãe no que chamam de retomada e autodemarcações de territórios.

Enquanto os povos originários alegam que precisaram agir diante da demora na demarcação oficial de terras, os produtores rurais afirmam que foram expulsos de forma violenta dos territórios ocupados pelos indígenas.

Conforme pesquisa realizada Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), é fato que algumas terras da região são historicamente territórios tradicionais dos povos originários. Ainda assim, os locais não foram oficialmente demarcados e os indígenas reiniciaram o movimento de ocupação desses espaços por conta própria.

Nos últimos três anos, foram 80 retomadas no sul e extremo sul, segundo o Conselho de Caciques das regiões. A série “Terras em Guerra” irá demonstrar como a demora nessa oficialização dos territórios gerou a atual tensão nas regiões, que passa por um período violento também devido a ação do tráfico de drogas.

 

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