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Assentamento Terra Vista semeia saberes com a visita de Estudantes do Sertão Baiano

Entre os dias 10 e 11, o Assentamento Terra Vista, no sul da Bahia, recebeu estudantes do 1º ao 4º ano da Escola Família Agrícola do Sertão (EFASE) de Monte Santo.  A visita fortaleceu os laços entre companheiras e companheiros de comunidades de Fundo de Fecho de Pasto do norte do estado e o território do sul, unindo histórias e lutas similares em um mesmo fio de resistência.

Os jovens puderam testemunhar de perto o contínuo e inspirador processo de transição agroecológica que o assentamento vem implementando. Um dos primeiros aprendizados foi na cabruca, o sistema tradicional de cultivo do cacau sob a sombra da Mata Atlântica. Os estudantes compreenderam como a produção de um alimento de alto valor econômico pode e deve caminhar lado a lado com a preservação ambiental, um princípio fundamental da vida no Terra Vista.



O conhecimento foi aprofundado com o trabalho da Rede de Mulheres da Teia dos Povos. Nas palavras de Andreia e Branca, moradoras do assentamento e integrantes do grupo de mulheres Arte da Terra, os alunos aprenderam sobre o poder das plantas. Elas detalharam todo o processo, desde a colheita até a destilação de óleos essenciais e a feitura de cosméticos naturais e fitoterápicos.
A partilha de saberes continuou no núcleo da Rede de Sementes da Teia dos Povos no Terra Vista. Sob a orientação do mestre Valmir e de outros militantes, os jovens descobriram todo o cuidado por trás do plantio e da preservação do milho crioulo. Como símbolo tangível desse intercâmbio e da continuidade da luta, cada estudante pôde levar consigo sementes 100% livres de transgênicos, um verdadeiro patrimônio genético e cultural dos povos para replantar em seus territórios de origem.

Para coroar a experiência, conheceram todo o processo de beneficiamento do cacau, que culmina na produção do Chocolate Rebelde Terra Vista, um produto que carrega em seu sabor a identidade da luta pela terra. Robson, coordenador da fábrica, junto com Kesinha, nutricionista, guiaram os estudantes por cada etapa da fabricação do chocolate, mostrando como o fruto da terra se transforma em um símbolo de resistência e autonomia econômica.

O intercâmbio reforçou a certeza de que a aliança entre os territórios é o caminho mais fértil para a construção de um futuro agroecológico, justo e soberano.

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