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Donald Trump concede isenção tarifária a cacau, café e frutas

Decisão do presidente dos EUA impacta lavoura cacaueira no Sul da Bahia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promulgou uma ordem executiva que concede isenções às tarifas existentes sobre a importação de produtos agrícolas estratégicos, incluindo cacau e café. A medida, em vigor desde ontem (8), altera a política tarifária norte-americana para parceiros considerados “alinhados” e que mantêm acordos comerciais com os EUA.

Segundo a Casa Branca, o objetivo é ajustar a política de importações em categorias de bens que “não podem ser cultivados, extraídos ou produzidos naturalmente em território norte-americano” ou que não estão disponíveis em quantidades suficientes para atender a demanda doméstica.

Entre os itens beneficiados pela isenção estão:

Cacau e café, essenciais para a indústria alimentícia;

  • Frutas tropicais como bananas, mangas, mamões, abacates e kiwis;

  • Chás (verde e preto);

  • Especiarias como canela, cardamomo, açafrão, cravo, noz-moscada e pimenta.

 

Esses produtos agora entram nos EUA com tarifa zero, desde que cumpridos os requisitos de acordos comerciais recíprocos e de interesse nacional.

A Consumer Brands Association (CBA), que reúne gigantes como PepsiCo, General Mills e Mondelēz International, elogiou a decisão. A entidade destacou que a indústria de bens de consumo embalados, que emprega milhões de trabalhadores nos EUA, obtém 90% dos ingredientes de produtores domésticos, mas depende de insumos que o país não consegue produzir.

Melissa Hockstad, presidente e CEO da CBA, enfatizou a necessidade de atualizações regulares na lista de insumos isentos, incluindo itens industriais como o aço estanho, vital para embalagens metálicas e não disponível em escala doméstica.

A associação também aproveitou para cobrar reciprocidade de parceiros comerciais, defendendo que a medida norte-americana incentive a remoção de barreiras tarifárias e não tarifárias em outros mercados.

“O ônus agora recai sobre outros países para trabalhar em acordos que reduzam os déficits comerciais dos EUA, mas ao mesmo tempo permitam o acesso a produtos insubstituíveis no mundo”, destacou a entidade.

O anúncio vem em meio a pressões sobre grandes empresas. Na semana passada, a Campbell’s Company alertou que as tarifas sobre insumos como aço e alumínio devem reduzir sua margem de lucros. O CEO Mick Beekhuizen afirmou que a empresa não tem alternativa a não ser importar folha-de-flandres de qualidade alimentar para suas embalagens enlatadas.

Já para as cadeias do cacau e do café, a notícia traz alívio: ambos os setores estavam apreensivos com o risco de aumento de custos e retração da competitividade nos EUA, um dos maiores mercados consumidores do mundo.

Fonte: mercadodocacau com informações just-food

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