Instituto Chocolate e Faculdade Anhanguera se unem para formar a primeira turma de técnicos do projeto Cacau 500+ Sustentável

Em uma iniciativa inovadora com grande potencial de impacto na economia regional e nacional, o Instituto Chocolate e a Faculdade Anhanguera uniram forças para formar a primeira turma de técnicos no Pacote Tecnológico Cacau 500+ Sustentável. Os professores Ivan Costa e Rosenilton Klécius deram sinal verde para os preparativos da  seleção dos primeiros alunos.

Idealizado pelos engenheiros agrônomos Ivan Costa e Rosenilton Klécius — ambos pesquisadores e extensionistas da CEPLAC — o pacote tecnológico tem como principal objetivo elevar significativamente a produtividade dos cacaueiros. Isso será possível por meio da implementação de práticas agrícolas avançadas e do uso de clones selecionados com alto rendimento e resistência.

Produtores como Adriano, Thiago Barreto, Marcos Melo e Lindoel já alcançaram resultados notáveis em curto prazo ao adotar essas técnicas, evidenciando o potencial transformador da proposta para o setor cacaueiro brasileiro.

Em reunião recente com o diretor regional da Faculdade Anhanguera, Santo Ádamo, os professores Ivan Costa e Erlon Botelho discutiram os primeiros passos para definição da metodologia do curso, que poderá ser oferecido como uma pós-graduação ou especialização. A proposta inicial prevê uma carga horária de 360 horas, divididas em nove módulos, com atividades teóricas e práticas.

O curso se destaca pelo seu caráter inédito e pela abordagem inovadora de ensino. Serão implementadas unidades demonstrativas em 30 municípios da região, com 80 produtores já cadastrados, que atuarão como salas de aula práticas para os alunos. Cada dupla de alunos será composta por um agrônomo e um técnico agrícola, responsáveis por iniciar e validar as práticas do projeto.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

As atividades previstas no curso abrangem todas as etapas da cadeia produtiva do cacau, incluindo:

Inventário e diagnóstico da propriedade;

Planejamento e gestão da produção;

Implantação do cacau (do preparo do solo ao plantio de mudas);

Uso de clones selecionados;

Técnicas de limpeza, manejo mecânico e controle de plantas daninhas;

Poda de formação, desbrota e manutenção;

Adequação do sombreamento e enxertia;

Fertilização (da amostragem à aplicação de adubos);

Controle de pragas e doenças, indução de resistência;

Polinização manual e por ventilação forçada;

Planejamento da produção (distribuição, concentração e colheita semestral);

Análise de receitas, custos e lucratividade;

Treinamento de colaboradores.

Impacto e parcerias

“Ao final do curso, entregaremos à cacauicultura regional profissionais altamente capacitados, capazes de aplicar com precisão as práticas de manejo e garantir rentabilidade ao produtor, seja ele pequeno ou grande”, afirma Ivan Costa.

O diretor da Anhanguera,  Santo Ádamo reforça a relevância da iniciativa: “Estamos suprindo uma das principais lacunas do setor, que é a presença do extensionista qualificado na porteira da fazenda”, afirma.

O projeto também contará com o apoio do Consórcio Intermunicipal da Mata Atlântica, que atuará como coexecutor e terá a missão de mobilizar outros consórcios intermunicipais, com suporte da AMURC.