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Newe Seguros paga indenização inédita para agricultor familiar de assentamento do Sul da Bahia

Seguro Paramétrico é a solução para quem nunca teve acesso facilitado a proteção contra a estiagem

É de um assentamento da reforma agrária do município de Canavieiras, no Sul  da Bahia, o primeiro agricultor familiar a receber indenização de seguro paramétrico no Brasil. Edmundo Almeida. o Gordo, como é conhecido, receberá o pagamento devido à falta de chuvas na sua plantação de cacau. A contratação dessa apólice demonstra que hoje já existe solução para potenciais segurados com o mesmo perfil, que enfrentam problemas semelhantes relacionados ao clima.

 

Este trabalho realizado nos assentamentos foi desenvolvido pela Newe Seguros, guiado pelos princípios da nova acionista da holding, a BlueOrchard (BO). Com 35% das ações da seguradora, a empresa, que se dedica a gerar impactos positivos e duradouros para comunidades e o meio ambiente onde atua, conta com mais de vinte parceiros globais, dentre eles, o KFW, Banco Estatal Alemão; IFC – International Finance Corporation; o Federal Ministry for Economic Cooperation and Development. A BlueOrchard concluiu o aporte financeiro na Newe em julho de 2023

 

Além dessa parceria estratégica para a seguradora, outras parcerias com representantes técnicos locais se fizeram necessárias para que os reais beneficiários deste projeto tivessem acesso a informações e, principalmente, acreditassem que seria possível proteger as suas lavouras, como no caso de Edmundo.

O assentado hoje representa todos os agricultores familiares que podem ser protegidos por uma apólice de Seguro Paramétrico, quando o clima não ajuda. Segundo ele, a segurança é o mais importante: “A atividade agrícola é muito arriscada e, a partir das mudanças do tempo, ficou ainda mais. Com o seguro, vou me arriscar mais, vou ousar, buscar uma renda maior, com equilíbrio ao meio ambiente, mas sem o temor que tinha antes sem ter o seguro”, comenta o segurado.

 

 

O seguro foi feito para uma área de três hectares, com valor máximo de indenização de R$ 6.000,00, e contou com o apoio da Subvenção Federal, tendo o Edmundo Almeida pago cerca de R$ 400,00 pelo valor total da cobertura. O gatilho para pagamento do sinistro disparou a partir da falta de chuva e o valor de indenização apurado foi de, aproximadamente, R$ 2.600,00 para o período de agosto a novembro, podendo alcançar R$ 3.700,00 com a regulação do mês de dezembro.

 

 

Essa região da Bahia está passando por uma grande crise hídrica em vários municípios produtores de cacau, com períodos de estiagem piores do que em 2014.

Rodrigo Motroni, vice-presidente da Newe, destaca “a importância do seguro diante de eminentes crises como esta, e chama a atenção para a possibilidade de inclusão financeira desses agricultores por meio de inovação e comprometimento com a adaptabilidade climática, conseguimos oferecer garantias a que essas comunidades produtivas nunca tiveram acesso. O trabalho de cada um desses agricultores é fundamental para a segurança alimentar no Brasil”.

 

 

A ação da Newe no Sul da Bahia começou em 2021, mas foi no decorrer de 2023 que a seguradora marcou presença efetiva na região e se aproximou de entidades de assistência técnica contratadas pelo governo do estado, dentre elas o instituto EcoBahia, que tem contratos de assistência técnica e extensão rural em vários municípios produtores de cacau, a exemplo de Canavieiras, com uma atuação pulverizada no território litoral sul, costa do descobrimento, extremo sul e médio Rio de Contas.

Para a coordenadora geral da EcoBahia, Isabela Almeida, este seguro é uma saída inovadora para a realidade do campo que tem apresentado muita instabilidade: “As variações climáticas levam insegurança aos agricultores, principalmente, pelas constantes estiagens em regiões como a Mata Atlântica, até então conhecida por boa disponibilidade de chuva. A seca, porém, tem levado a perdas consideradas na produção, e quem paga esse prejuízo?” pergunta, Isabela. E complementa: “com o seguro paramétrico, a renda tem sido mantida, bem como a segurança dos investimentos feitos, não ficando o agricultor apenas com o prejuízo”.

 

 

O início da história

Este caminho da indústria do seguro até os assentamentos, cooperativas e à própria indústria do cacau foi sedimentado a partir da experiência inédita da seguradora Newe no Sul da Bahia, com início em 2021, ano em que a indústria do chocolate, entidades de preservação e governo se uniram para emitir a primeira apólice de seguro paramétrico subsidiado no país. A solução de proteção baseada em índices, comum em muitos países do mundo, começou a ser efetivamente praticada no Brasil e trouxe esperança para quem nunca pôde contar com efetiva proteção para sua pequena e média lavoura.

Concurso elege melhores amêndoas de cacau do Brasil (Foto Ana Lee- Instituto Arapyaú)

“Estamos felizes e entusiasmados em sermos a Seguradora pioneira no Brasil na oferta de Seguro Paramétrico voltado para a agricultura familiar, trazendo uma perspectiva real de adaptabilidade climática para esse público tão importante para o nosso país, atrelado a proteção dos biomas. Caminhando na direção mundial da pauta de resiliência climática e proteção ambiental.

Ainda temos muito trabalho pela frente e acreditamos que a escalabilidade desse projeto só terá sucesso com o apoio governamental e entidades privadas.”, destaca Thamirys Chaves – Gerente de Subscrição de Seguro Rural e Paramétrico

A Newe Seguros desenvolveu metodologia própria para adaptação da solução à realidade brasileira e hoje lidera em conhecimento e em números este mercado.

 

Neste novo caminho traçado pela seguradora, corre em paralelo o novo posicionamento da empresa que é o de ser referência em ESG dentro do segmento de seguro. Responsabilidade ambiental e social, traduzidos em possibilitar maior acesso ao crédito, graças às novas garantias que o seguro oferece, permanência do agricultor na sua propriedade e uso responsável das fontes renováveis, ou seja, um círculo virtuoso capaz de conciliar objetivos financeiros com responsabilidade.

 

Para Marcos Andrade, consultor da Newe, o seguro paramétrico é a primeira ferramenta mitigadora de riscos climáticos comprovadamente acessível ao Agricultor Familiar: “Essa iniciativa, identifica o problema e garante uma indenização justa, trazendo, concomitantemente, a preservação do Bioma Mata Atlântica, a manutenção da cultura do cacau cabruca e a manutenção do homem do campo”, ressalta o consultor.

 

Sobre o Seguro Paramétrico

 

Até bem pouco tempo, somente os médios e grandes produtores tinham acesso ao seguro chamado de tradicional, aquele que quando acontece um problema climático é necessário que um perito vá até o local do evento para verificar o tamanho das perdas. O preço deste deslocamento e da vistoria embutem um custo alto ao valor final a ser pago pela proteção, o que limita o seu alcance.

 

Hoje, graças ao seguro paramétrico, agricultores familiares e pequenos agricultores podem contar com essa proteção que não necessita de perícia no local. Isso porque os parâmetros para verificar as perdas no local do dano são definidos entre a seguradora e o segurado, antes da contratação da apólice, e a apuração é feita por meio de índices objetivos, que são recebidos de estações meteorológicas e de satélites.

Outro ganho da aplicabilidade desse seguro como ferramenta de adaptabilidade climática, é a proteção dos biomas.

 

Sobre a Newe

A Newe é uma seguradora focada em seguros especializados e soluções não tradicionais. Iniciou suas operações em janeiro de 2017, ainda como subsidiária brasileira da Markel Internacional. Em 2019, a gestão local da empresa adquiriu 100% da seguradora, após a controladora decidir sair do Brasil. A seguradora opera, atualmente, com Linhas Financeiras, Responsabilidade Civil e Rural, sendo uma das líderes desse ramo. A Newe investe em inteligência e tecnologias de ponta para criar produtos inovadores de seguros no Brasil.

 

Em dezembro de 2022 a companhia deu início a parceria com o Fundo de Investimento InsuResilience (IIF), gerenciado pela BlueOrchard, cujo objetivo é fortalecer a resiliência dos países em desenvolvimento contra os efeitos da mudança climática e proteger a subsistência das pessoas pobres e vulneráveis contra eventos de clima extremo e desastres naturais.

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