A Bahia é destaque na produção nacional de cacau. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, o estado produziu 139.011 toneladas de amêndoas de cacau, um crescimento de 0,6% em relação ao ano anterior.
De acordo com os dados do Valor Bruto Da Produção Agropecuária, calculados pelo MAPA de agosto/2024, relacionado com o preço do cacau, o valor bruto de produção do cacau saiu de 1,9 bilhões em 2023 para uma previsibilidade de 5,4 bilhões em 2024, saindo da 6a posição no ranking estadual das culturas agrícolas para a 3a posição, ficando em primeiro lugar a soja com 14,2 bilhões seguido do algodão com 6 bilhões.
Embora o Pará não tenha mais a maior produção total, concentra os três maiores municípios produtores: Medicilândia (44.178 toneladas), Uruará (21.266 t) e Placas (12.788 toneladas). A Bahia aparece na sequência, com Ilhéus (8.961 toneladas, 4º maior produtor), Wenceslau Guimarães (8.775 t, 5º maior) e Ibirapitanga (8.655 t, 6º maior produtor).
Os resultados para o setor do cacau na Bahia podem continuar em destaque nos próximos anos, considerando a expansão da produção em novas áreas não tradicionais como a região oeste da Bahia, o investimento e reestruturação da conservação produtiva e produtividade nas áreas tradicionais, a ampliação do mercado mundial do consumo de chocolate e derivados, os projetos em desenvolvimento no Estado da Bahia como o Parceiros da Mata, CompensAÇÃO, GEF Cabruca, Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas em Sistemas Agroflorestais na Produção de Cacau, Plano de Agricultura de Baixo Carbono – Plano ABC+ Bahia e o Plano Inova Cacau, que somam mais de 1 bilhão de reais.
Atrelado a esta ambiência de ações positivas para a agenda do cacau, a SEAGRI atualizou a Câmara Setorial do Cacau da Bahia que reúne os diversos representantes e segmentos do setor que atuam em prol do desenvolvimento do cacau na Bahia.
Cenário internacional
Em um cenário global marcado pela instabilidade climática e pela concorrência de outros países produtores, a retomada da liderança brasileira ganha ainda mais relevância. A Costa do Marfim, principal produtor mundial, após o fenômeno climático El Niño, sofreu com condições climáticas adversas em 2023, o que impactou sua produção. Alem disso existe uma previsibilidade de necessidade de mais 1 milhão de toneladas de amêndoas de cacau nos próximos 10 anos.
“A Bahia se posiciona como uma alternativa segura e confiável para a pauta do cacau e chocolate mundial. Nossa produção é sustentável, respeita o meio ambiente, possuímos infraestrutura logística e apresenta ao mercado produtos de alta qualidade com reputação e origem”, frisou, Thiago Guedes, secretário, em exercício, da agricultura do Estado da Bahia.