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Deixa de Dengo!

Cléber Isaac Filho

 

Passou a Páscoa chegou o São João  e já dá para fazer uma análise efetiva do que aconteceu com o preço do chocolate depois dos recordes de preço do Cacau em 2024.

Lá  na ponta do consumidor que compra no supermercado; na loja da Cacau Show ou da Dengo o que será que aconteceu ?

Esse consumidor que compra barras de em média R$ 25;00 vão pagar segundo Forbes; UOL e CNN algo em torno de R$ 29;00.

Isso mesmo; algo irrisório.

Foi esse o impacto do  aumento de preços do cacau; um aumento que agora estimula o produtor brasileiro que em mais de 70% são pequenos ou médios a voltar a investir ou muitas vezes voltar a ter dignidade.

Claro que existe um conflito de classes; a Dengo que se posiciona como “ajudando a um mundo melhor” mas na real está do mesmo lado da gigante Cargill ou Nestlé quando o assunto é defender o produtor.

Claro que eles pagam um prêmio ótimo para seus fornecedores; mas quantos são ?

Aproximadamente 200 no universo de mais de 30 mil.

Vamos “deixar de Dengo”…em 2024 quando a empresa teve a chance de se posicionar para deter a importação de cacau da África; a Dengo se posicionou lado de seus colegas mais antigos : Cargill; Barry Callebaut e Olam.

Você nunca viu ela se posicionar contra o fato que o cacau da África entra no Brasil sem impostos e com baixa qualidade; para depois ser misturado com o cacau nacional que tem muito mais seleção e fiscalização.

A Dengo e seus coleguinhas;  fazem parte da Associação Nacional de Produtores de Chocolate e estão do outro lado do balcão em total conflito de interesse com os produtores.

Não fosse assim, não teriam oprimido por décadas os produtores em todo mundo; sem uma política de preços mínimos que desse dignidade ao produtor seja latino ou africano.

O caminho é ter canal de comunicação com o consumidor final; para ele entender que não somos coronéis…mas pequenos empresarios rurais.

Urgente se faz encurtar o caminho e empatia entre o consumidor da gôndola do supermercado e o produtor nacional.

Enquanto isso não for claro para o produtor brasileiro; ele vai continuar amassado cacau para Faraó.

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