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Investimentos em qualidade, verticalização e sustentabilidade impulsionam produção de cacau e chocolate no Sul da Bahia

 

Com a introdução de  tecnologias modernas  e práticas de manejo inovadoras, aliadas à verticalização da cadeia produtiva, grandes, médios, pequenos e produtores e agricultores familiares do Sul da Bahia estão produzindo cacau de qualidade, utilizados na  fabricação de chocolates finos, com certificado de origem e contribuindo para a conservação da Mata Atlântica, através da sustentabilidade no cultivo e colheita dos frutos. Exemplos dessa mudança de modelo produtivo podem ser observados na  Fazenda Leolinda, em Uruçuca, e o Assentamento Terra Vista, em Arataca.

João Tavares: aposta certeira no cacau premium

Na Fazenda Leolinda, de 700 hectares, com 340 hectares de cacau cabruca e 190 hectares de mata nativa conservada,  João Tavares, da terceira geração de produtores rurais, colhe cerca de 12 mil arrobas de cacau premium/ano, o que garante um valor de mercado até 100% superior ao cacau comum. Toda a produção é destinada ao mercado externo e os cuidados começam no cultivo, com plantas selecionadas, passam pela colheita no período e por um processo de fermentação e secagem que garantem um uma amêndoa de alta qualidade, com aromas e sabores diferenciados, premiada duas vezes no Salão do Chocolate de Paris como o melhor cacau do mundo e cacau de excelência. O Chocolate Q, produzido a partir de amêndoas da Leolinda, e que é vendido até a R$ 500,00 o quilo, foi a primeira marca brasileira premiada no Chocolat International Awards, nos Estados Unidos.

Manejo garante amêndoas de alta qualidade

“É preciso agregar valor ao cacau e isso se dá através de produtos de qualidade, conquistando mercados diferenciados. Nesse processo o apoio do Governo do Estado é fundamental na difusão de tecnologia, assistência técnica, obtenção de crédito e apoio  à  agroindústria”, afirma Tavares.  “O cacau com toda a sua história econômica e sociocultural e a garantia da preservação da natureza continuarão sendo importantes no desenvolvimento do Sul da Bahia”, afirma.

ASSENTAMENTO MODELO

Chocolate Terravista

O Assentamento Terra Vista, criado em 1994, foi uma das primeiras áreas de reforma agrária no Sul da Bahia, surgido no auge da crise provocada pela vassoura-de-bruxa, doença que dizimou 80% da produção de  cacau no Sul da Bahia. Hoje, é um exemplo de que um projeto de agricultura familiar com foco na sustentabilidade e na educação, pode produzir excelente resultados, conciliando conservação ambiental e qualidade de vida.

Joelson Ferreira (à esquerda): foco na sustentabilidade

No Terra Vista, que possui 910 hectares, sendo 300 hectares de cacau e 313 hectares de Mata Atlântica, 55 famílias produzem cerca  de 5 mil arrobas/ano de cacau 100% orgânico, cerca de 70 arrobas por hectares, que aliados ao cultivo de frutas,  verduras e hortaliças, garantem uma renda média  de 2,5 salários mínimos por família. 10% do cacau é destinado à produção do Chocolate Terra Vista, um produto premium que já foi apresentado no Salão do Chocolate de Paris.

A educação é uma prioridade no assentamento, que possui o Centro Integrado Florestan Fernandes, que oferece o Ensino Fundamental I e II, que atende alunos de 11 municípios e o Centro de Educação Profissional Milton Campos, que oferece os cursos profissionalizantes de Agroecologia, Meio Ambiente, Agroindústria, Agroextrativismo, Informática, Zootecnia e Segurança do Trabalho; além de um curso de nível superior em Agronomia, com especialização em Agroecologia, com universitários oriundos de assentamentos de todas as regiões da Bahia.

Cacau do Assentamento Terravista

“A produção de cacau e a conservação da natureza são práticas indissociáveis nesse novo modelo de desenvolvimento”, afirma Joelson Ferreira, coordenador do Terra Vista. “O cuidado com a terra, a melhoria das amêndoas a produção orgânica e um modelo educacional focado nas necessidades do setor rural estão contribuindo para que os assentados tinham uma vida digna, sem necessidade de migrar para as incertezas dos centros urbanos”, diz.

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