
O Centro de Inovação do Cacau-CIC, realizou na sua sede na Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC, o Curso de Qualificação de Classificadores de Produtos Vegetais, com Habilitação em Amêndoas de Cacau. A curso teve o objetivo de credenciar técnicos classificadores, junto ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, tornando-os aptos e legalmente habilitados para exercerem a atividade de classificação de das amêndoas do cacaueiro.
“A classificação vegetal é uma importante ferramenta para salvaguardar o interesse público, quando associado ao código de defesa do consumidor e as fiscalizações, visto que este serviço atesta a qualidade física de produtos embalados e comercializados, estabelecendo parâmetros para a definição e diferenciação dos preços de cada produto”, afirma o instrutor credenciado Engenheiro Agrônomo. Cristiano Sant`Ana, gerente de Classificação do CIC e diretor da IG Cacau Sul da Bahia, responsável por ministrar e coordenar o curso, que teve a duração de cinco dias e incluiu m aulas práticas.
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
O Artigo 1º da Lei nº. 9.972 de 25/05/2000, e o Decreto nº. 6.268 de 22/11/2007, tornaram obrigatório capacitar e qualificar classificadores, avaliar produtos destinados diretamente à alimentação humana, à compra e venda do poder público e aos produtos importados e exportados.
Cristiano Sant’Ana destaca que “a capacitação proporcionou conhecimentos referentes a acondicionamento dos produtos, tipos de embalagens, armazenamento, coleta e todos os métodos, técnicas e procedimentos empregados no processo de classificação conforme determina o padrão oficial de classificação”.
Devido à chegada da monilíase no Brasil uma das várias medidas de defesa sanitárias torna-se imprescindível a classificação do cacau, para tal, é necessário que se amplie o número de profissionais com essa habilitação em todos os estados produtores de cacau do país.
Anteriormente, era apenas ministrado pela CEPLAC, que não possui mais essa atribuição, e agora tem no CIC única instituição credenciada ao Ministério da Agricultura para realização dessa capacitação prática.
PARCERIAS
O curso contou com a participação de 18 profissionais de todo o país atuantes em diversas áreas ligados a vários órgãos e empresas do setor cacaueiro, tais como, ADAB, SENAR-RO, IG Sul da Bahia, Dengo, Cargill, CIC dentre outros.
A atividade contou também com a supervisão do Ministério da Agricultura através de Murilo Simões Midlej e Luiz Sérgio Souza Santana e colaboração do VIGIAGRO/MAPA.
De acordo com Adriana Reis doutora em biotecnologia e gerente de qualidade do Centro de Inovação do Cacau (CIC), “esse curso é importante para formar técnicos e profissionais especializados em avaliar amêndoas de cacau dentro das normativas nacionais”. “É um curso que promove uma visão crítica sobre as boas práticas agrícolas para produzir qualidade”, destaca.
Adriana Reis afirma ainda que a atividade “insere novos técnicos em uma área que precisa cada vez mais de cuidado, uma vez que o país corre o risco da entrada de novas pragas. É importante neste momento ampliar conhecimentos técnicos sobre segurança e o controle fitossanitário com ações cada vez mais concretas e direcionadas”.
