Será realizado nesta terça-feira (03), o I Encontro Uruçu na Cabruca vai reunir meliponicultores/as, agricultores/as familiares e estudiosos/as em meliponicultura no IF Baiano – Campus Uruçuca, com uma programação que busca promover o diálogo de saberes e experiências sobre a criação racional de abelhas sem ferrão e seus benefícios socioambientais. As vagas para o evento foram disponibilizadas gratuitamente por meio de inscrições on-line e todas foram preenchidas. A expectativa de público é de 200 pessoas.
O evento é realizado pela Tabôa Fortalecimento Comunitário, IF Baiano – Campus Uruçuca, Ministério Público do Estado da Bahia e Sebrae, com apoio do Instituto humanize, e integra as ações do projeto Uruçu na Cabruca. A programação tem início às 8h30 com o credenciamento, seguido de mesa de abertura com representantes de organizações realizadoras do evento e de agricultoras/es. Às 10h, acontece o painel “Meliponicultura: importância socioambiental e desafios para o seu fortalecimento”.
Entre 14h e 16h30, acontecem as oficinas simultâneas: “Caixa para criação racional de abelhas”; “Avaliação e seleção de genótipos das colônias para produção de mel”; “Manejo de multiplicação e transferência de colônias de abelhas sem ferrão para caixa INPA”; “Produtos das abelhas”; e “Produtos à base de mel de abelha Uruçu Amarela (Melipona mondury)”. E, durante todo o encontro, acontece a Feira da Agricultura Familiar com a exposição de produtos de agricultoras/es do projeto Uruçu na Cabruca.
A meliponicultura é uma atividade que tem crescido no Brasil e possui grande potencial de mercado. E há ainda o valor ambiental das abelhas, que desempenham funções essenciais na proteção e restauração de ecossistemas locais, com a polinização de plantas nativas e cultivares agrícolas. Por isso mesmo, é uma atividade que contribui não só para a sustentabilidade ambiental, mas também socioeconômica das populações envolvidas.
Para participar do evento, é preciso ter realizado inscrição prévia.
Sobre o projeto Uruçu na Cabruca – O encontro faz parte do projeto Uruçu na Cabruca, que fomenta a prática da meliponicultura no contexto da agricultura familiar no Sul da Bahia, região historicamente conhecida pelo cultivo de cacau no sistema cabruca, sob a sombra de árvores nativas da Mata Atlântica. É assim que a cabruca e a meliponicultura somam forças na proteção da agrobiodiversidade, na preservação da abelha nativa Melipona mondury e no fortalecimento de comunidades rurais. Desde 2019, quando o projeto foi iniciado, 120 famílias já foram alcançadas em cinco municípios baianos – Camamu, Ibirapitanga, Ilhéus, Itacaré e Uruçuca.
O projeto é realizado em parceria pela Tabôa Fortalecimento Comunitário e pelo IF Baiano – Campus Uruçuca. E conta com os apoios do Ministério Público do Estado da Bahia, que também participou de sua concepção, e do Instituto humanize.
