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Doença dizima cacaueiros na África e deve manter preços elevados em 2025

´Swollen Shot´ afeta produção de Ghana e Costa do Marfim

O que seguramente é uma péssima notícia para os produtores de cacau da África, pode ser uma boa notícia para os produtores brasileiros: a alta de preços do produto, hoje oscilando entre novecentos a mil reais a arroba e em torno de nove mil dólares a tonelada deve permanecer durante o ano de 2025.

 

Isso porque as próximas safras de  cacau africano, especialmente em Ghana e Costa do Marfim , deve ser menor que a previsto. Além da longa estiagem, está se verificando o aumento da doença Swollen Shot, em que áreas inteiras de cultivo estão sendo  dizimadas, com o agravante de que a deterioração do solo impede o replantio.

Atualmente, cerca de 31% das terras cultiváveis de cacau em Gana estão infectadas com a doença do swollen shoot, de acordo com um levantamento nacional realizado em 2023. Esse número representa um aumento significativo em relação aos 17% registrados em 2017. Além disso, em Western North, uma das principais regiões produtoras de cacau do país, a taxa de infecção atingiu 81% em 2024, mostrando uma piora alarmante da situação.

A Swollen Shoot  é uma  doença viral, transmitida por cochonilhas, reduz a produtividade das árvores e, em um período de 5 a 10 anos, acaba matando as plantas. Uma vez infectadas, as árvores devem ser erradicadas e o solo tratado antes do replantio, o que impacta severamente a produção de cacau no país.

 

ALERTA PARA O BRASIL

A doença do swollen shoot do cacau (CSSVD) também tem causado sérios danos às plantações na Costa do Marfim. Estima-se que entre 15% e 50% das colheitas sejam perdidas devido à infecção pelo vírus, que é transmitido por pequenos insetos chamados cochonilhas. Essa doença é uma das maiores ameaças à produção de cacau na região, o que impacta significativamente a oferta global de chocolate, já que a Costa do Marfim e Gana são responsáveis por cerca de 50% da produção mundial de cacau .

De acordo com especialistas, para controlar o vírus, os produtores terão que fazer um melhoramento genético que leva muito tempo,  pesquisar produtos químicos sistêmicos, antivírus, num processo muito complicado e muito demorado

A devastação de lavouras africanas  que deve acender um alerta na importação de cacau para o Brasil, a exemplo do que ocorre atualmente no Porto do Malhadom em Ilhéus, com o desembarque de cerca de 12 mil toneladas para o parque moageiro.

 

A Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC) vem cobrando sistematicamente do Governo Federal medidas mais rigorosas no controle fitossanitário do cacau importado de países africanos.

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