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Mirante de Serra Grande é cenário do adeus de Padre Santo em Renascer

(E versão grapiúna de Romeu e Julieta aquece novela ambientada no Sul da Bahia)

 

Daniel Thame

O Mirante de Serra Grande, no limite entre Uruçuca e Ilhéus, no Sul da Bahia, foi cenário de uma das mais emocionantes cenas da novela Renascer, da Rede Globo/TV Santa Cruz, a morte de Padre Santo, um dos personagens mais emblemáticos da trama.

Estacionando no seu velho Jeep no Mirante, parada obrigatória de turistas pela visão magnífica do litoral sulbaiano com suas águas azuis/esverdeadas e longas faixas de areia fina, Padre Santo (Chico Diaz) dialoga com o Pastor Lívio (o grapiúna Breno da Matta, que a cada dia ganha mais destaque na novela), relembra sua trajetória, a luta pelos oprimidos e sua relação, sempre serena, com Deus enquanto o pastor às vezes questiona a própria fé.

Exausto, mas gratificado,  padre Santo cita o apóstolo Paulo (São Paulo) em seu último suspiro:

 

“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”.

 

A cena dos dedos do padre Santo apontando  para um céu azul de poesia, simboliza  o  reencontro com Deus e o mergulho na eternidade.

Ao pastor Lívio, resta seguir seu caminho, que a novela sinaliza ser  o enfrentamento aos poderosos e a defesa dos sem-terra, que de forma discreta já surgem na trama e que são uma das marcas no mundo real dos tempos pós-vassoura de bruxa.

 

ROMEU E JULIETA GRAPIÚNAS

 

Com Renascer entrando numa fase em que nem as grandes novelas conseguem escapar quando se  é preciso preencher centenas de capítulos, algumas tramas se estendem além da conta, como o imbróglio envolvendo José Venâncio e Buba, e as crises existenciais de José Augusto.

E aí, vale até  uma versão grapiúna do clássico Romeu e Julieta  de um certo William Shakespeare.

 

João Pedro (Juan Paiva) e Sandra (Giullia Buscacio), filhos dos inimigos   José Inocêncio  (Marcos Palmeira) e  Coronel Egídio  (Vladimir Brichta), trombam por acaso numa das veredas do cacau, se estranham pelo histórico familiar de ambos  e em poucos capítulos já estão fazendo amor numa cachoeira lá pelas bandas da Lagoa Encantada.

 

A reação de José Inocêncio e Coronel Egídio, que se odeiam desde os tempos imemoriais, é óbvia.

Ameaçam os filhos, trocam insultos e, óbvio também, só alimentam o romance proibido, atual combustível de Renascer, enquanto aguardamos os próximos capítulos.

 

Em tempo: resta saber como os autores de Renascer vão tratar de um tema que absolutamente não estava previsto no roteiro original, a disparada dos preços do cacau, que já cruzou a barreira dos 10 mil dólares a tonelada e, a se confirmarem as tendências, o céu de São Jorge dos Ilhéus e de todos os santos e orixás, parece ser o limite.

 

Literalmente, é tempo de Renascer.

 

(Fotos: Reprodução Rede Globo)

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